segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Análise não-verbal: Chris Brann x Marcelle Guimarães. Sequestro do filho. Caso internacional

Marcelle Guimarães foi fazer mestrado nos EUA e lá conheceu o médico Christopher Brann. Em 2005 começaram a namorar, e vieram a se casar em 2008. Um ano após o casamento, Marcelle e Chris tiveram um filho, Nico.
Marcelle, em 2012, pediu o divórcio alegando "diferenças irreconciliáveis".
O ex-casal compartilhava igualmente a guarda do filho, até que Marcelle pediu autorização do ex-marido para que ela e Nico pudessem vir ao Brasil para o casamento do irmão. Marcelle assinou um documento se comprometendo a levar o filho de volta aos EUA na data determinada. Esse retorno nunca aconteceu.
Chris luta desde então para reaver o filho.
Os pais de Marcelle são acusados de estarem envolvidos no sequestro do pequeno Nico, ajudando a filha a estruturar todos os detalhes para que ela e o filho pudessem permanecer no Brasil
A defesa de Chris alega desrespeito a Convenção de Haia, assinado em 1980 entre vários países, incluindo Estados Unidos e Brasil.

Vamos à análise:

Em 0:39 - 0:40, podemos notar que Chris Bran ao falar do filho que está afastado, demonstra sinais de tristeza genuína devido a contração a contração e elevação da parte interna das sobrancelhas, queda dos cantos da boca, olhos marejados e voz embargada.

A partir de 0:49, Marcelle diz: "Cheguei... à... minha decisão de não voltar mais... para proteger, para salvar... a vida de meu filho, salvar a minha vida".
Ao falar que ela chegou à decisão de não voltar mais, ela inclina a cabeça lateralmente. Esse gesto chamado de "Head Tilt" indica submissão; havendo portanto, incongruência com o fato de ter tomado uma decisão. Podemos observar também a contração do bucinador no lado esquerdo da face, indicando desprezo.
Ao verbalizar a palavra "salvar", existe um aumento brusco no volume da voz. Esse aumento indica uma intenção de dar mais importância a essa palavra no intuito de convencer, criar empatia.
Existem pausas desnecessárias. A pausa é um recurso do cérebro para ganhar tempo na estruturação da frase, confirmando o desejo de convencer.
Durante a frase "... a vida de meu filho, salvar a minha vida", Marcelle olha para baixo e direita. Esse direcionamento do olhar é comum quando o agente deseja fugir da situação, tem vergonha, constrangimento. Na palavra "salvar" podemos notar que sua voz sai trêmula, indicando tensão e nervosismo.
A decisão de se mudar dos EUA teve como motivo distanciar Marcelle dos momentos negativos vividos. Existe uma intenção de se auto-convencer que o filho também precisa se afastar do pai.

A partir de 1:38 vemos veracidade e congruência em seu discurso, ao falar como conheceu o ex-marido.
Esse momento serve para determinarmos a "linha de base" (como a pessoa se comporta em um estado de neutralidade, tranquilidade) de Marcelle.
Podemos notar que em seu estado normal, seu discurso é mais fluido, seus movimentos e gesticulação se dão de forma mais coordenada.

Em 1:55, ao falar do filho, Chris emite um sorriso verdadeiro de felicidade. Podemos ver a contração do zigomático maior em uma intensidade media-alta e a contração dos orbiculares dos olhos (responsável pela formação dos "pés de galinha") em uma intensidade sutil.

Em 2:20, enquanto fala que já tinham havido vários episódios de raiva, Marcelle direciona seu olhar para direita, em sentido horizontal. De acordo com a PNL, esse movimento ocular pode estar ligado à criação de algum estímulo auditivo ou buscando as palavras certas para dizer.
Poemos reparar também na postura de Marcelle. Ela se encontra completamente na defensiva, desconfortável.
Apesar dos movimentos e gestos congruentes com o contexto, é importante observar que Marcelle não segue um padrão comportamental.
Padrão comportamental é o que se espera que o indivíduo sinta, como se espera que ele se comporte em determinado contexto.
Nesse caso, Marcelle sofreu episódios de raiva de seu ex-marido. O padrão comportamental para esse contexto seria Marcelle sentir raiva, nojo, tristeza, medo por tudo que ela viveu. Essas emoções não estão presentes
Podemos concluir que durante o casamento, houveram sim momentos de raiva, mas esses momentos parecem não afetá-la.

Em 2:26, ao falar que Chris pegava seu braço e contorcia, Marcelle é congruente.
Ela realiza um gesto ilustrador, mostrando como seu ex-marido fazia.

Em 2:28, ao falar: "A gravidez teve um episódio muito forte. Um dia ele se chateou muito comigo e me empurrou da escada..."
Podemos notar que Marcelle eleva o ombro direito, fecha os olhos, massageia as mãos e ao final inclina a cabeça para baixo.
Elevar o ombro direito ("Shoulder Shrug"), de acordo com Joe Navarro é um indicador de falta de comprometimento ou insegurança.
Fechar os olhos ("Eye Shielding") indica o desejo de não visualizar o que está falando. 
Massagear as mãos é um gesto pacificador, e sua função é acalmar diante de um momento de ansiedade, nervosismo e tensão.
A inclinação de cabeça para frente/baixo nos diz que há uma intenção de Marcelle de criar uma conexão com a repórter. Em alguns contextos, pode denotar um desejo de convencimento.
Podemos concluir que todos esses gestos em conjunto, indicam que esse evento, em específico, não aconteceu, ou aconteceu de forma diferente de como ela está narrando.
Em outras palavras, ela é desonesta em relação ao fato, total ou parcialmente.


Ao falar que o ex-marido a empurrou da escada (em 2:33 - 2:34), Marcelle eleva os dois ombros. Em nossa cultura esse gesto pode também estar ligado à uma intenção de se livrar da culpa (David Leucas).

Em 2:36, a repórter pergunta se ela estava grávida, e Marcelle resposta afirmativamente e, depois, em 2:37, ela responde: "porque eu já tava com barrigão, e foi escada abaixo mesmo, com toda a força"
Nesse momento podemos ver que Marcelle inclina a cabeça lateralmente e faz um gesto ilustrador congruente de que estava grávida.
Explicar que já estava com barrigão é uma explicação desnecessária para esse contexto. Há uma intenção de convencer e potencializar o acontecimento, tornando-o mais grave.
A inclinação de cabeça é chamado de "Head Tilt" e indica submissão, desejo de convencer.
Dizer "foi escada abaixo mesmo com toda a força" é um argumento desnecessário devido ao excesso de detalhe. Dizer que foi empurrada da escada já é suficiente para contar a violência que sofreu.
De acordo com estudos de Statement Analysis, o excesso indica uma forte intenção de convencimento, de criar empatia, dramatizar o evento.

Em 2:42, a repórter pergunta: "Você foi pro hospital?"
Logo depois, Marcelle responde: "Eu não fui pro hospital... nesse dia. Eu até pedi pra ir pro hospital. Só que eu acho que ele ficou com medo de me levar pro hospital".
Ao falar que não foi pro hospital, Marcelle realiza um gesto de fechar os olhos chamado de "Eye Shielding" indicando desejo de não visualizar o que está a frente ou o que está sentindo ou lembrando. Normalmente indica uma emoção negativa.
Depois de verbalizar "Eu até pedi para ir pro hospital...", Marcelle emite uma micro-expressão de tristeza pela elevação da parte interna das sobrancelhas e contração do corrugador (responsável pelo abaixamento das sobrancelhas), ambos em intensidade muito sutil; há também a diminuição do ângulo da boca (em intensidade sutil) e a elevação do queixo em uma intensidade mais alta (foto acima).
Ao falar que acha que ele ficou com medo de levá-la ao hospital, podemos notar que ambos os ombros se elevam indicando incerteza. Há também a transferência de culpa.
No âmbito da análise do discurso, podemos reparar na repetição da palavra "hospital". Essa repetição indica que essa palavra é de extrema importância e sensibilidade para o discurso de Marcelle. Funciona como uma espécie de reafirmação de que o hospital era importante. Os estudos de Mark McClish mostram que a repetição de palavras confirmam uma intenção de persuasão.

Em 2:53, Chris diz: "Não é verdade. Isso é totalmente uma mentira."
Podemos notar que existe um aumento na frequência das piscadas, indicando um alto nível de ansiedade ao responder essa pergunta.
Ao falar as palavras "verdade" e "mentira" ele realiza um "Eye Shielding" (gesto de fechar os olhos). Esse gesto realizado em um contexto de defesa e durante palavras importantes para a confiabilidade de seu discurso, indicam desonestidade.
Ao final de seu discurso, ele realiza um gesto de sobreposição do lábio inferior no lábio superior, juntamente com uma pressão nos lábios e os olhos fechados. Esse conjunto indica culpa, vergonha.
Chris se sente culpado.

Logo após, a repórter pergunta: "Você nunca a agrediu quando ela estava grávida?"
Em 2:58 - 2:59, Chris responde: "Com certeza que não"
Sua resposta é feita com os olhos fechados seguido de uma aumento na frequência das piscadas. Indicam nervosismo e ansiedade. Nesse contexto de defesa, podemos concluir que há desonestidade em seu discurso.
Ao verbalizar a palavra "não" sua voz sai trêmula, sendo um indicativo de incerteza devido a liberação de hormônios ligados ao estresse que contrai o músculo da garganta.

Em 3:00 a repórter diz para Chris que: "Ela (Marcelle) disse que o relacionamento de vocês sempre foi muito difícil e com episódios de violência"
Logo após, Chris diz: "Eu concordo que a gente tinha uma relação muito difícil, mas de violência?!... assim que... como as pessoas pensam... não foi assim"
Durante todo esse trecho, podemos notar uma forte inquietação corporal, com momento de "Eye Shielding" por parte de Chris, indicando um alto índice de nervosismo.
Ao final ele se perde no discurso também devido ao nervosismo.
Podemos concluir que existe desonestidade nesse trecho. O relacionamento deles era violento.

A partir de 3:40, Chris é verdadeiro em seu discurso. Existe congruência entre o verbal e o não-verbal.
O fato que Chris está narrando realmente aconteceu.

Em 4:02, Chris diz que deu um tapa nela. Há congruência novamente.
Chris faz um gesto ilustrador de dar um tapa.

Em 4:13, Chris diz que nunca tinha dado um tapa em Marcelle.
Nesse momento, ele eleva os dois ombros. De acordo com Charles Darwin, o gesto dele elevar os ombros pode indicar desconhecimento ou impotência perante uma situação.
De acordo com a melhor doutrina, a elevação dos ombros transmite as seguintes mensagens não-verbais: "Eu não sei", "Eu não me importo", "O que importa?", "Que diferença faz?", "Que escolha eu tive?", "O que eu poderia fazer?"
O fato dele não ter batido em Marcelle antes desse episódio, não significa que ele não deu um tapa nela posteriormente.

Em 4:16 ao dizer que ele não sabia o que fazer, podemos notar que ele eleva novamente os ombros, mas nesse caso, a elevação dos ombros tem a intenção de proteger diante de algum estímulo que causa ou causou medo. Essa elevação de ombros é chamada de "Turtle Effect".
A elevação das sobrancelhas na porção interior e exterior, a elevação nas pálpebras superiores e o "Turtle Effect" nos indicam que Chris está experienciando a emoção de medo.

Em 4:24, Marcelle diz que Chris a ameaçou dizendo: "Olha, eu vou conseguir, eu vou levar...ééé... o seu filho de você. Você nunca mais vai ver o Nico."
Uso de palavra desnecessária ("olha") e uso de agregador verbal (ééé...), ambos funcionam como um recurso pro cérebro ganhar tempo para criar uma fala.
Não há logica nessa frase, tendo em vista que Marcelle morava no EUA. Chris não poderia levar o filho para lugar algum.
Não-verbalmente, podemos notar que Marcelle está em uma postura defensiva, de proteção.

Em 4:29, Marcelle diz: "Se ele americano, de lá, daquela cidade... eu brasileira... Eu tinha muito medo. Eu nem sabia como as coisas funcionavam legalmente."
Durante a palavra "medo" ela eleva os dois ombros de forma mais contundente, indicando uma incerteza
Enquanto Marcelle fala "... eu nem sabia como as coisas funcionavam legalmente", ela demonstra uma inquietação corporal, indicando alto nível de nervosismo. 
Marcelle diz que tinha medo, mas não explica o motivo para ela ter medo. Ao falar das leis americanas ela fica nervosa.
Existe uma intenção de se proteger, mas ela usa o desconhecimento das leis americanas como um recurso para justificar sua decisão. Marcelle não acredita no que está falando.

Em 4:53, a repórter pegunta: "Em que momento você decidiu se divorciar?"
Marcelle responde: "Ele me ameaçou com armas. Três armas. Ele tava com as armas expostas e ficou me mostrando, me ameaçando"
Ao falar que Chris a ameaçou com armas, logo no começo da resposta, podemos notar que o corpo de Marcelle faz um movimento brusco para frente. Esse movimento indica tentativa de ser crível em sua resposta. O fato do movimento ser brusco indica nervosismo.
Ao falar que eram três armas e elas estavam expostas, há congruência. Ele mostra o número três com os dedos e ilustra como e onde as armas estavam expostas (foto acima).
Ao falar que ele ficou mostrando e ameaçando, existe uma diferença entre o ritmo gestual e o ritmo da fala, mostrando inconsistência no argumento.
Podemos concluir que ele realmente mostrou armas para Marcelle, mas não a ameaçou de forma expressa.

Em 5:04, a repórter pergunta à Chris: "Em algum momento você chegou a mostrar armas de fogo a ela com a intenção de ameaça-la?"
Enquanto faz a pergunta, podemos ver Chris direcionando seu olhar horizontalmente para esquerda. Esse movimento ocular, de acordo com a PNL indica uma lembrança auditiva. Provavelmente ele está lembrando de quando falou com Marcelle das armas.

Ainda durante a pergunta, no final dela, Chris exibe um sorriso de desprezo devido a contração do zigomático maior, do bucinador com uma maior intensidade no lado direito e dos orbiculares dos olhos. Chris eleva a cabeça confirmando como um sinal de orgulho/arrogância.
Chris confirma não-verbalmente que houve esse episódio em que mostrou armas para Marcelle.

Em 5:13, Chris responde: "Com certeza que não"
Ele nega com a cabeça, porém responde com os olhos fechados, indicando não-visualização.
Houve uma ameaça velada.

A partir de 5:15, Marcelle diz que Chris a segurou e bateu nela na frente do filho.
Enquanto verbaliza que ele a segurou, Marcelle realiza um gesto com a palma da mão para baixo. Esse gesto indica dominância, poder. 
Existe uma intenção maior de Marcelle em mostrar as agressões sofridas por ela, do que mostrar como as agressões aconteceram.
Podemos perceber essa intenção porque ao invés dela ilustrar o que está falando, com um gesto de segurar, ela realiza um gesto que demonstrar dominância e assertividade em seu discurso. 

Em 5:52, Marcelle diz: "Depois de ter tido o pedido de divórcio, ele... se conteve mais..."
Ao dizer que "ele se conteve mais", Marcelle realiza um gesto ilustrador de contenção. Há congruência; portanto, veracidade.

Em 5:58, a Repórter pergunta se ele parou de agredi-la.
Marcelle responde: "Foi. E eu também não me aproximava".
Novamente vemos congruência. Marcelle faz um gesto ilustrador de evitar, com as mãos e se afasta com o corpo, indicando distanciamento.

Em 6:41, a repórter pergunta: "Você já tinha premeditado. Não, eu não vou voltar?"
Marcelle responde negativamente com a cabeça e mantém os olhos fechados durante toda a resposta, por mais tempo que o necessário.
Indica desonestidade. Marcelle já tinha pensado em não voltar mais com seu filho.

Em 6:54 - 6:55, Marcelle diz: "E eu tinha muito medo do Nico com ele. Muito medo... porque ele tem compulsão sexual. Ele via coisas na frente do Nico..."
Durante todo esse trecho, podemos notar que o corpo se movimenta em ritmo diferente da fala, demonstrando uma inquietude corporal, sinalizando uma provável tentativa de convencimento. Quando o agente quer convencer, seus gestos são realizados de forma mais ampla e mais mecânica.
Ao dizer que tinha medo, Marcelle exibe uma expressão falseada de medo. A expressão é falseada porque a potência de arranque da expressão é muito alta.
Ao falar que Chris via coisas na frente do filho, Marcelle exibe uma expressão de desprezo devido a contração do bucinador no lado esquerdo da face (foto acima).

A partir de 7:16, o dizer que "todos chegaram na mesma conclusão", Chris realiza movimentos rápidos com a cabeça de um lado para outro. Esse movimento é chamado por Jack Brown como "Head Wiggle" e indica confiança, assertividade, dominância.
No entanto, ele não nega que tinha compulsão sexual.

Em 10:14, Marcelle diz que os argumentos de que seus pais ajudaram no sequestro de seu próprio
filho são falsos.
No momento em que ela diz isso, ela eleva os dois ombros indicando um desejo de se proteger do que está falando. Nesse contexto a elevação de ombros denota o medo de ser pega contando uma mentira.

Em 10:15 - 10:16, a repórter pergunta: "Eles (pais) não te ajudaram a planejar uma fuga?"
Marcelle diz que não e exibe uma expressão de surpresa fazendo transição para o medo.
Podemos concluir que Marcelle ficou surpresa pela pergunta. O medo é uma das emoções ligadas à desonestidade. Nesse caso é o medo de ser pega mentindo.
Marcelle continua sua resposta: "... de jeito nenhum."
Nesse momento podemos notar que seus gestos estão descoordenados indicando nervosismo e ansiedade com a resposta.

Em 10:20, Marcelle diz: "E nem eu planejei uma fuga"
Existe, nesse momento, a elevação dos dois ombros de forma mais ampla. Mais uma vez, indica desonestidade no discurso.
Marcelle continua: "Eu decidi quando cheguei aqui, de ficar"
Nesse momento, a cabeça se movimenta para sua esquerda e ela gesticula em sentido oposto. Esse desalinhamento corporal indica desonestidade pois existe uma quebra da harmonia nas direções dos movimentos.

Em 10:55 Marcelle diz: "Tô sentindo...ééé... uma tristeza profunda dessa vingança, que tá sendo... uma vingança de mim... que tá refletindo neles..."
Durante o agregador vocal "ééé", Marcelle eleva os dois ombros demonstrando, nesse caso, incerteza com o que está dizendo ou sentindo.
Ao falar "tá sendo..." ela realiza um gesto artificial sem contexto e sem motivo, da direita para a esquerda. (foto acima). Gestos que não são naturais são considerados gesto mecânicos e estão ligados à desonestidade pois tem a única função de distrair o interlocutor e ganhar tempo para pensar no que irá dizer em seguida.
No momento em que fala: "vingança de mim", ela realiza um gesto de supinação com as mãos que é o giro para fora com as mãos, indicando incerteza em suas palavras. Esse gesto tema mesma função da elevação bilateral com os ombros.
Além de todos esses sinais não-verbais, não vemos sequer um resquício de tristeza em sua face. A ausência de emoção é tão importante quanto a presença dela.

Em 11:52, a repórter pergunta como o filho lida com toda essa situação.
Marcelle diz que é bem difícil para ele. Nesse momento exibe uma expressão de tristeza genuína pela contração no corrugador e no músculo responsável pela elevação da parte interna das sobrancelhas, ambos de forma bem sutil.
Podemos notar que sua voz falha. Essa falha se dá como reação da emoção de tristeza que tensiona o músculo da garganta. Esse fenômeno é chamado socialmente de "nó na garganta".
Ela sente tristeza ao falar do filho.


SUMÁRIO: Há congruências e incongruências tanto de Marcelle Guimarães como de Chris Brann.
De fato, houveram episódios de violência de Chris em relação a Marcelle, como torções no braço, empurrão, dentre outros.
O episódio, narrado por Marcelle, em que ela foi empurrada da escada ainda grávida contém indícios de desonestidade por parte de ambos. Marcelle pode ter sido desonesta em relação a como aconteceu esse fato em específico, ou à intensidade em que aconteceu; e a desonestidade de Chris pode estar ligada ao acontecimento em si, ou a algum outro episódio de violência. Em outras palavras, o empurrão da escada pode nunca ter acontecido ou acontecido de uma forma diferente da narrada por Marcelle; ambos os cenários são congruentes com os sinais de desonestidade mostrados por ela. Quanto a Chris, os sinais de desonestidade mostrados por ele, ao negar o empurrão da escada podem estar relacionados com um episódio de violência que houve próximo a uma escada (mas não da forma como foi narrado por Marcelle), ou estar relacionado a algum outro episódio de violência, que não foi comentado nesse vídeo.
O que podemos notar é que Marcelle usa esses episódios para acusar Chris e justificar o fato de trazer seu filho para o Brasil de forma definitiva. Bem como, usa esses episódios em que Chris errou e projeta a ideia de que ele não é um bom pai. Em outras palavras, há indícios de que Marcelle projeta seus sentimentos negativos com Chris na relação entre Chris e seu filho
Marcelle já tinha planejado vir, em definitivo, para o brasil com seu filho e seus pais a ajudaram de alguma forma.
Tanto Marcelle quanto Chris amam o filho.

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