domingo, 26 de maio de 2019

Análise não-verbal: Joana D'arc Félix de Souza explicando sobre seu diploma de Harvard. Sinais de falsidade. Transtorno psicológico?

Recentemente a professora e química, Joana D'arc Félix de Souza passou por uma polêmica. Após confirmar e comprovar que possui pós-doutorado na Universidade de Harvard, a professora foi desmentida em relação a sua certificação.
Jornalistas reuniram provas mostrando que a história contada por Joana D'arc, de que ela foi morar nos Estados Unidos e conseguiu ser certificada da Universidade de Harvard, é mentirosa. O diploma universitário apresentado por ela é falso, segundo a própria Universidade.
Quais são os sinais verbais e não-verbais que nos mostram que existe falsidade em sua história?

Vamos à análise:

Logo no primeiro segundo do vídeo podemos ver uma expressão de medo devido a elevação das sobrancelhas na parte interna e externa, elevação das pálpebras superiores, e estiramento horizontal dos lábios.

A partir de 0:02, ela fala: "Tá não... não!. Aquilo lá eu... eu acabei de conta a história pra ela, do que aconteceu daquele diploma"
A primeira frase emitida ("Tá não... não!") contém um aumento no timbre vocal. A voz fica mais aguda. Essa alteração indica nervosismo, tensão e ansiedade, devido a contração dos músculos da garganta.
"Aquilo lá" indica falta de especificação. De acordo com estudos de Análise de Declaração, é uma linguagem de distanciamento.
Esse distanciamento também pode ser observado com o corpo. Em 0:03 há um afastamento corporal para trás, indicando desejo de se distanciar do assunto.
Podemos observar gagueira ("Aquilo lá eu... eu"). Esse distúrbio vocal indica nervosismo, ansiedade.
Ao dizer "daquele diploma" observamos que o gesto feito com sua mão está fora do ritmo. Novamente nervoso e tensão

A partir de 0:09, Joana diz: "Siiimm... o que eu tô te falando, eu coloquei no currículo lattes; eu conversei com o professor à distância; eu tô falando, o erro foi eu ter colocado que... que... que tem... mas eu tenho lá... ééé... trabalho realizado com orientação à distância"
O prolongamento do "sim" somado com aumento do timbre vocal indicam uma altíssima carga de tensão e nervosismo
O trecho que diz: "o erro foi eu ter colocado que... que... que tem... mas eu tenho lá... ééé..." contém inúmeros distúrbios de voz e outros elementos verbais.
Primeiramente existe uma auto-incriminação quando ela diz que o erro foi dela ter colocado. Logo depois vemos o primeiro distúrbio vocal que é a gagueira, seguido de omissão ("que tem...") - devemos nos perguntas: "que tem, o quê?";
Em seguida, temos o uso do "mas". Essa preposição indica que todo o conteúdo anterior a ele não possui importância e pode indicar convencimento.
Em seguida, vemos mais um distúrbio vocal, que é o uso de agregador verbal ("ééé..."). Esse elemento indica que o cérebro está ganhando tempo para pensar em uma resposta que não é genuína.
Não-verbalmente, podemos notar desse trecho uma inquietação corporal demonstrando desequilíbrio emocional. Reparem que ela se movimenta de um lado para outro.
A união de todos esses elementos nos indicam uma altíssima carga de tensão, nervosismo e ansiedade. Nesse contexto está ligado a desonestidade.

A partir de 0:27 a repórter diz a Joana D'arc que o professor que teria seu nome citado no diploma confirmou em uma jornal que não a teria orientado em Harvard. A partir de 0:35, Joana D'arc responde a esse questionamento da repórter, dizendo: "Não... quem... não, não... quem... quem me orientou lá, eu preciso ver o nome que tá lá nesse diploma. Quem me orientou faleceu em 2017..."
Podemos ver aqui muitas incongruências verbais. Primeiramente vemos muita gagueira e confusão de pensamento. Observamos também que há uma incoerência discursiva, pois ela diz que precisa ver o nome do orientador no diploma, e logo depois diz que o orientador faleceu em 2017. Se ela sabe que ele faleceu, ela sabe quem é o orientador e logo não precisa confirmar o nome do diploma.
Novamente vemos um inquietude corporal indicando ansiedade e nervosismo
Essa incoerência somado aos distúrbios vocais indica ansiedade e nervosismo quanto ao orientador. Há forte desonestidade

A partir de 0:45, enquanto a repórter faz a pergunta, Joana D'arc coloca a mão no queixo. Esse gesto indica avaliação crítica ao que está sendo perguntado. Geralmente esse gesto é projetado quando não gostamos, não respeitamos ou não confiamos na pessoa ou no assunto que está sendo abordado. Pode indicar também impaciência.
O uso desse gesto, nesse contexto, é um forte indício de que ela não confia no que ela mesma vai dizer.

Em 0:52, o repórter pergunta se ela fez ou não o pós-doutorado em Harvard. Joana D'arc responde: "... se foi a distância, então não é... não, eu não cheguei... não fui aluna efetiva não. Não fui aluna efetiva não" (é essencial assistir ao vídeo para que se possa captar a forma como ela fala esse trecho)
Primeiramente observamos a latência de resposta. À isso se refere o tempo entre terminar de ouvir a pergunta e o tempo para começar a responder. Essa latência, de acordo com estudos, é de em média 1 segundo. A latência aumenta de acordo com a necessidade do cérebro de criar a resposta. Uma resposta simples e que não precisa ser criada, tem uma latência menor. Quanto maior é a necessidade de criação, maior é a latência. Durante essa pausa para começar a responder, vemos uma expressão de medo pela elevação das pálpebras superiores e estiramento horizontal dos lábios (foto acima)

Assim que começa a proferir as primeiras palavras, notamos uma elevação com os ombros, em um gesto chamado de "Turtle Effect". Esse gesto indica falta de confiança no que está sendo falado. Tem esse nome porque simula uma tartaruga entrando em seu casco em um momento de perigo, em que há a necessidade de se proteger por não confiar em suas habilidade para sair de determinada situação. Juntamente vemos o gesto de fechar os olhos ("Eye Shielding") que indica desejo de não visualizar o que está falando. Logo em seguida há um afastamento corporal.
Joana D'arc não começa com uma resposta direta. De acordo com os ensinamento da Análise de Declaração, uma resposta direta contém "sim" ou "não" e o complemento. Aqui não vemos isso. Ela já começa falando: "se foi a distância..."
Em seguida ela assume que não é certificada no pós-doutorado em Harvard ao dizer "então não é...". Podemos dizer que aqui aconteceu um "ato falho", que consiste em um vazamento do inconsciente. O inconsciente expõe o que o consciente deseja esconder.
As gagueiras e inconsistências vocais indicam nervosismos, e nesse caso, desonestidade.

Em 1:01, o repórter continua: "Então a senhora não fez"
Em 1:02, Joana D'arc diz: "Não. Então digamos que eu não fiz então..."
Observamos o aumento no timbre vocal ao dizer "não". Corporalmente há a elevação dos dois ombros. Esse gesto é chamado de "Turtle Effect" e indica falta de confiança no que está falando. Podemos notar também que há uma inquietação corporal e falta de sincronia.
Esse conjunto gestual e verbal indicam desonestidade

Em 1:05, o jornalista afirma: "Então a senhora mentiu no seu currículo lattes"
Em 1:07, ela responde: "Não. Eu tive orientação à distância. Então já agora... eu tô te falando agora... se isso não é válido, então quer dizer que eu não fi... (???)... se essa orientação à distância não é válida"
Ao dizer que teve orientação a distância, podemos ver uma elevação unilateral de seu ombro esquerdo. Esse movimento indica falta de confiança no que está dizendo (foto acima)
Logo depois quando diz: "Então já agora... eu tô te falando agora...", notamos gagueiras e palavras riscadas. De acordo com Análise de Declaração, palavra riscada acontece quando não terminamos a palavra e já iniciamos outra. Indica omissão e desonestidade. Nesse momento podemos observar que há um desnível do ombro direito em relação ao esquerdo. Esse desnível indica desequilíbrio emocional, e nesse contexto, desonestidade

Ao dizer "então quer dizer que eu não fi...", novamente vemos o "Turtle Effect" indicando falta de confiança. Os pontos de interrogação trazem a chamada "inferência de som incoerente", que são sons confusos emitidos pelo agente, sendo difícil o seu entendimento. Essa inferência acontece devido a confusão mental entre a verdade e a mentira.

Em 1:21, novamente vemos o "Tutrle Effect".

Depois de analisar seus sinais verbais e não-verbais que indicam desonestidade de sua parte quanto à sua certificação em Harvard, podemos nos perguntar: "Será que Joana D'arc Félix possui algum tipo de transtorno psicológico?"
Não podemos confirmar tecnicamente qual é o transtorno da professora - essa confirmação pode se dar somente com um laudo emitido por um psiquiatra - mas podemos dizer que ela possui as características de uma mitomaníaca.
A mitomania é um transtorno psicológico caracterizado pela compulsão de contar mentiras, sem benefícios externos e geralmente restrito a assuntos específicos. O objetivo geralmente é ter uma boa visibilidade social.
O mitomaníaco, em muitos casos, prefere acreditar mais na sua verdade do que na verdade dos fatos. Ele conta as histórias falsas para se sentir bem consigo mesmo.
Notaram alguma semelhança com Joana D'arc Félix?


SUMÁRIO: A emoção predominante em Joana D'arc Félix é o medo.
Ela apresenta, durante todo o vídeo, comportamento de ansiedade, nervosismo e tensão. Nesse contexto,falta de confiança em suas palavras devido as excessivas elevações de ombro. A desonestidade está presente durante todo o momento.
Existe uma alta probabilidade de Jona D'arc ser mitomaníaca.

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