terça-feira, 11 de junho de 2019

Análise não-verbal: Najila Trindade vítima do suposto estupro e agressão praticados por Neymar. Verdade?

Após acusar o jogador Neymar de estupro (confira a análise de Neymar, clicando AQUI), a modelo Najila Trindade Mendes de Souza, recentemente, veio à público, em uma entrevista exclusiva, contar o que aconteceu entre ela e o jogador. Será que realmente Neymar a estuprou e a agrediu? O que sua Linguagem Corporal tem a nos dizer?

Vamos à análise:

Em um primeiro momento é interessante avaliarmos à forma como ela está apresentada. Roupa infantilizada; com o mínimo de maquiagem possível, para parecer mais "sofrida"; cabelo preso. Todo esse conjunto não-verbal indica uma intenção de que ela se pareça com uma vítima sofrida, submissa; livre de qualquer sinal de sensualidade.

Logo no começo da entrevista (0:18), Najila está em uma posição defensiva. Ela, de perna cruzada, está segurando o joelho com os dedos entrelaçados.
Esse conjunto gestual significa a presença de emoções conflitantes. Ao mesmo tempo que deseja se manter calma, o gesto entrega que existe uma emoção oposta que usualmente não seria transmitida verbalmente. Uma interpretação mais específica do gesto é o desejo de contar tudo, mas o fato de segurar o joelho representa um desejo de reter, segurar informação
Os dedos entrelaçados indicam ansiedade

A partir de 0:58, o Repórter pergunta: "Você, foi de fato, vítima de estupro por parte do jogador Neymar? Ou foi uma relação sexual consentida?"
Najila responde (1:04): "Fui vítima de estupro"
Ela sinaliza sim com a cabeça, mas essa afirmação está fora de ritmo com a fala. Percebam que o gesto está mais acelerado que o ritmo vocal. Essa diferença indica um forte indício de desonestidade.

A partir de 1:07, o repórter continua: "Você foi vítima de estupro ou foi apenas uma agressão?"
Najila responde (1:11): "Agressão... juntamente com estupro"
Após dizer "agressão", além da longa pausa, ela engasga antes de citar que foi "juntamente com estupro". Essa engasgada é considerada na Paralinguagem, um distúrbio da fala, rompendo sua fluidez verbal, o que pode indicar desonestidade em relação ao estupro.
Podemos notar também que ao citar o estupro, ela acena positivamente com a cabeça, mas esse aceno está em um ritmo diferente da fala.
Em contra-partida, ao dizer "agressão" existe uma maior congruência e fluidez. Ela acredita que houve agressão

Em 1:15, o repórter pergunta: "Você reafirma que foi vítima de estupro?"
Ao responder: "Fui", podemos perceber a voz mais aguda. Essa alteração se dá pelo tensionamento dos músculos da garganta advindo da tensão e do nervosismo.
Essa alteração pode estar ligada à desonestidade

A partir de 1:26, quando a modelo Najila fala sobre seu primeiro advogado, ela tem congruência verbal e não-verbal.
Seu discurso é fluído, sem alteração vocal de volume, ritmo e tonalidade.
Não-verbalmente, ela apresenta gestos congruentes com o que está falando.
É interessante notar aqui que ao lembrar do que o advogado falou para ela, Najila direciona seu olhar para cima e esquerda e horizontalmente para a esquerda. Esses dois movimentos oculares estão ligados à lembrança visual e auditiva, respectivamente. Essas pistas oculares confirmam a veracidade de seu discurso, nesse momento.

A partir de 3:01, o repórter pergunta: "Você tinha ciência de que uma relação sexual poderia acontecer?"
Najila responde (3:06): "Sim... o meu intuito era esse"
Aqui vemos um aumento no timbre vocal, deixando a voz mais aguda. E ao dizer que o intuito era esse, vemos um leve afastamento corporal (é fundamental assistir a esse trecho para perceber esse afastamento). Esse afastamento indica fuga e distanciamento do que está falando e/ou da situação. Há desonestidade

A partir de 3:10, Najila continua: "Meu intuito era... ter uma relação sexual com ele"
Durante a verbalização de "relação sexual" notamos uma negação de cabeça (incongruência) e elevação unilateral em seu ombro esquerdo ("Shoulder Shrug"). Esse gesto indica uma dissonância entre o que ela está falando e o que realmente aconteceu, havendo, portanto, falta de segurança em suas palavras.
Ela tinha outro intuito.
Ao se referir ao jogador como "ele" ao invés de "Neymar", ela usa uma linguagem de distanciamento, reforçando a ideia da desonestidade

Em 4:44, Najila diz: "Eu tinha o desejo de ficar com o Neymar..."
Nesse momento ela realiza um gesto com as mãos chamado de "Falsa Reza". Esse gesto é considerado alfa, dominante. Imprime autoridade e um estado emocional de arrogância quando utilizado em excesso.
Esse gesto é realizado junto com uma projeção de cabeça para frente e um olhar fixo ("Deliberate Gaze") no repórter. Esses gestos em conjunto indicam tentativa de convencimento. Ela está tentando, de forma autoritária, convencer de suas ideias. Convencimento, dependendo do contexto, é um potencial indicativo de desonestidade, pois de acordo com a doutrina de comportamento não-verbal, a verdade não precisa de convencimento, ela é crível por si só.
O "Deliberate Gaze" funciona como um gesto regulador, cuja sua principal função é ter um feedback instantâneo do interlocutor. Se ele está acreditando na sua mensagem.

A partir de 4:53, Najila diz: "Quando eu cheguei lá, ele estava agressivo... Totalmente diferente daquele cara que eu conheci nas mensagens"
Ao afirmar que ele já estava agressivo no momento em que ela chega, acontece uma dinâmica de movimentos com direções opostas. Reparem que as sobrancelhas sobem e os olhos se fecham, e portanto, as pálpebras descem. Quando dois tecidos adjacentes se movem em sentidos opostos (sobrancelhas para cima e pálpebras para baixo), temos um ponto que deve ser observado. Por ser um movimento não natural, existe um forte indício de desonestidade (foto acima)
A desonestidade nesse contexto, não significa que Neymar não tenha ficado agressivo em algum momento, mas ele não estava agressivo quando ela chegou lá (em Paris).
Ao dizer "totalmente diferente daquele cara que eu conheci nas mensagens", ela nega com a cabeça. Estamos diante de uma incongruência. O verbal afirma e o corpo nega.
Ela termina esse trecho olhando fixamente para o repórter. Mais uma vez temos o "Deliberate Gaze". Najila está tentando buscar um feedback para o que falou. Tentando confirmar se ela está indo bem no seu discurso.

A partir de 5:18, Najila diz: "E a gen... e aí ele me despiu"
De acordo com estudos de Análise do Discurso, quando o gente começa falando uma palavra, e de repente ele para e começa outra, sem terminar a anterior, estamos diante do chamado "riscar palavra". Indica omissão. Pode ser visto também como um "ato falho", que acontece quando queremos falar algo de forma consciente, mas o o subconsciente projeta o seu verdadeiro desejo.
Possivelmente, nesse contexto, Najila iria falar "E a gente". Diante disso, devemos que nos perguntar: "E a gente, o que?". O que realmente aconteceu?

A partir de 5:24, Najila diz: "Só que depois ele começou a me bater"
Aqui vemos uma projeção de cabeça para frente e, novamente, o chamado "Deliberate Gaze". Esse conjunto gestual ocorre quando estamos diante de uma tentativa de convencimento do que está sendo falado.
Diante das fotos apresentadas, é confirmado de que Neymar bateu em Najila. Certamente, a tentativa de convencimento da modelo, não recai sob o fato dele ter ou não batido nela, mas sim, podendo ser referente a como ela reagiu diante desse evento.

A partir de 5:32, Najila diz: "Só que depois começou a me machucar muito. E eu falei... para"
Segundo antes dela verbalizar essa frase, Najila olha para baixo e esquerda. De acordo com a PNL, o movimento ocular nessa direção é um indicativo de acesso a área do cérebro responsável pelo nosso diálogo interno. Esse diálogo interno é um mecanismo que nos permite entrar em contato com nós mesmos, pensar de forma analítica, minuciosa, com sentido crítico. Olhamos nesse sentido quando queremos reformular dentro de nós o que vamos falar, como vamos falar.

Ainda referente ao trecho acima, quando ela diz que começou a machucar muito, vemos uma micro expressão de nojo, pela sutil acentuação da prega naso-labial.

No momento em que Najila disse que pediu pra Neymar parar, pois a estava machucando muito, nós vemos um sorriso de satisfação chamado de "Duping Delight". Segundo Paul Ekman, esse sorriso acontece quando o agente percebe que está sendo bem sucedido na mentira que está contando.
Não houve esse pedido para que Neymar parasse.

Em 5:38, quando Najila confirma que o pedido para que Neymar parasse foi feito de forma clara, ela fecha os olhos, indicando não visualização do que está dizendo. Os olhos permanecem fechados durante toda a palavra "falei".
Há forte indício de desonestidade nesse ponto.

A partir de 5:49, Najila diz: "Eu falei: você trouxe preservativo? Porque eu não tenho. E ele disse: não. Eu falei: então não vai acontecer nada além disso porque eu... nã-não podemos"
Ao dizer "Porque eu não tenho", vemos gestos conflitantes de cabeça. Primeiro ela nega e depois afirma com a cabeça. Esse conflito acontece quando estamos diante de um gesto de manipulação. O subconsciente expõe o gesto negativo como um vazamento corporal de incongruência, e logo depois Najila, de forma consciente afirma com a cabeça para que haja uma congruência entre o verbal e o não-verbal.
Quando diz: "então não vai acontecer nada além disso...." novamente vemos esse gesto de manipulação. Reparem que nesse recorte, a cabeça de Najila se movimenta entre negação e afirmação. Há aqui um conflito interno entre o que realmente aconteceu e o que ela está querendo transmitir aos interlocutores.
Ao final podemos notar omissão quando ela não termina a frase ("porque eu.... " - eu o que?) e gagueira ao dizer que "não podemos". Reparem também que após essa negação, mais especificamente, após o "podemos", ela finaliza realizando um "sim" com a cabeça. Aqui há uma incongruência. Ela nega verbalmente e afirma com a cabeça.
Desse trecho podemos concluir que houve relação sexual.

A partir de 6:15, Najila diz: "Enquanto ele cometia o ato, ele continuava batendo na minha bunda, violentamente..."
Aqui vemos indícios de honestidade
O discurso dela segue um fluxo verbal, sua declaração está congruente com as técnicas de Statement Analysis (Análise de Declaração) e ela faz uma expressão de nojo (foto acima) devido a elevação do lábio superior, respeitando o padrão comportamental do contexto narrado

A partir de 6:33, Najila diz: "Eu falei: para, para... não, para. Eu falei"
Aqui temos a repetição de palavras. Essa técnica é usada para convencimento.
Além disso podemos ver uma pausa desnecessária entre "para.... não". Essa pausa desnecessária é um distúrbio da fala utilizado para o cérebro ganhar tempo para pensar no que dizer.
Nesse trecho, o convencimento pode se dar em relação ao fato dela ter realmente pedido para parar, ou deseja convencer de que foi dessa forma que ela pediu para parar, usando exatamente essas palavras.

A partir de 8:02, quando Najila narra que depois de tudo, ela levantou e foi para o banheiro, ela direciona seus olhar para cima e esquerda. De acordo com a PNL, o direcionamento ocular para esse sentido indica lembrança de uma imagem ou evento que realmente aconteceu.

Logo depois ela emite a expressão de nojo ao se referir a decepção em relação a Neymar. Esse nojo é caracterizado pela elevação do lábio superior e um franzimento na lateral do nariz

A partir de 10:57, Najila diz: "Ele não precisava ter feito aquilo comigo"
Aqui vemos novamente um gesto de manipulação. Em um primeiro momento ela nega com a cabeça, e logo depois afirma. A negação é realizada de forma consciente e congruente com a mensagem verbal, mas a negação acontece como um vazamento corporal, denunciando o que realmente ela está pensando.
Analisando sua Paralinguagem, notamos que existe uma ênfase maior na palavra "precisava", indicando um comando.
O uso da palavra "aquilo" causa um distanciamento do fato e uma omissão ("aquilo o quê?")

A partir de 11:49, o repórter diz que as pessoas estão dizendo que ela está usando esse caso do Neymar para resolver sua vida financeira. Ao perguntar se ela tem consciência disso, Najila responde (11:56): "Ten... ééé... eu fiquei sabendo, mas... olha...eu acho que teria uma forma mais fácil e mas rápida... do que todo esse auê, todo esse escândalo... acho que eu não preciso disso"
As pausas desnecessárias e as palavras riscadas indicam omissão.
O uso da palavra "acho" indica incerteza do que está falando. Ela não tem certeza, ela "acha". Reparem que o uso desse verbo é usando também no momento em que ela diz que não precisa disso. Aqui ela não afirma essa falta de necessidade, ela apenas "acha"
Nesse trecho não existe uma negação direta, do tipo "Eu não fiquei com o Neymar para resolver a minha vida financeira". A ausência de negação direta, segundo ensinamentos de Análise de Declaração, indica um forte indício de desonestidade e falta de confiança no que está falando.
Não-verbalmente, vemos um gesto pacificador de tocar o interior da orelha. Esse gesto indica uma tentativa de se acalmar diante de um momento de ansiedade. Juntamente vemos uma expressão de medo pelo estiramento horizontal dos lábios (foto acima)
Vemos também negações incongruentes, com a cabeça, durante uma verbalização afirmativa.


SUMÁRIO: Najila apresenta comportamentos congruentes, incongruentes e manipuladores, durante essa entrevista.
Najila é desonesta quanto à afirmação de que foi vítima de estupro, bem como é desonesta ao dizer que tinha a intenção de se relacionar sexualmente com Neymar. Aqui vemos comportamentos de manipulação, convencimento, bem como, de dominância (o que é incongruente com o contexto de vítima). Ela também emite nojo ao falar dessa relação, o que confirma a falta de intenção citada acima.
Najila é sincera ao contar que Neymar bateu nela violentamente, o que pode ser um forte indício de que houve agressão. Ela apresenta fluidez de discurso e congruência entre o verbal e o não-verbal. Ainda referentes aos atos violentos sofridos por ela, ela é desonesta apenas quando diz que pedia para parar. Não houve esse pedido.
Ao se referir à compensação financeira, ela apresenta omissões e desonestidades.

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